sábado, 22 de maio de 2010 | By: Jaqueline Lopes

Filme: O casamento de Rachel


Se engana quem acha que O Casamento de Rachel segue a linha “comédia romântica”. Para quem acha que é mais um daqueles filmes baseados nos preparativos finais de um matrimônio, digo que não é nada disso.

O drama, dirigido por Jonathan Demme, é um filme diferente. Na maior parte do tempo as cenas são gravadas com câmeras na mão e a trilha sonora é exclusivamente dos músicos do casamento. Esses detalhes fazem com que o filme pareça uma gravação familiar típica de um evento importante. É nesse contexto familiar que acontece o desenrolar de toda a história: Kym (Anne Hathaway) é uma jovem que está em reabilitação e recebe permissão de sair durante dois dias para o casamento de sua irmã, Rachel (Rosemarie DeWitt). Porém, quando ela chega à casa de seu pai, Paul (Bill Irwin), os problemas começam a surgir.
Apesar de toda a cumplicidade e irmandade entre Kym e Rachel, os conflitos entre elas são eminentes. Esses se agravam quando Paul começa a se esforçar ao máximo para fazer com que a caçula se sinta em casa e se reintegre à família, gerando um ciúme excessivo de Rachel, que gostaria de ter todas as atenções voltadas pra ela no dia de seu casamento.
É nesse ambiente de discussões, grande tensão e expectativa que Kym tenta resolver seus problemas familiares. Deve-se destacar aqui o papel de Abby (Debra Winger), mãe das garotas. Fica evidente a importância que ela representa na vida de Kym e Rachel. Contudo, a atenção não é recíproca por parte dela e isso fica claro principalmente na cena do jantar de ensaio, quando as irmãs estão ansiosas para revê-la e ela as trata friamente.
Resumidamente, pode-se dizer que o filme trata do assunto “família”. O filme mostra um modelo problemático, mas que mesmo diante de conflitos afetivos busca a solução para se restaurar. Além disso, essa não uma típica família estereotipada por tantos outros filmes, mas possui características diferentes como pais divorciados, uma filha em reabilitação e um casamento que reúne diversas etnias em uma festa indiana.
Finalizando, pode-se dizer que o grande diferencial do filme é o desenlace final, que mostra a realidade e não o já conhecido “felizes para sempre”. Depois de toda a história dramática retratada durante todo o longa, o expectador fica satisfeito com desfecho, que não deixa de ser feliz, mas vai além disso quando mostra a superação de uma família que vive uma vida conturbada e consegue superar cada obstáculo, um de cada vez.
 É um ótimo filme para quem deseja assistir algo diferente dos padrões 'Hollywoodianos' e quer ver uma abordagem diferente de um tema tão complicado. Apenas não recomendo se o que você busca é exclusivamente entretenimento, sem uma reflexão maior sobre o tema.

Jaqueline R. Lopes
terça-feira, 11 de maio de 2010 | By: Jaqueline Lopes

Quem Sou Eu?



Dias atrás, respondendo essas enquetes bobas de sites de relacionamentos me deparei com a famosa pergunta: “Quem sou eu?”. Parece simples responde-la, mas foi ai que parei pra refletir e me vi mergulhando em um mundo de pensamentos sobre todos os 21 anos de minha vida.
É muito difícil se auto-definir. Interessante é pensar no fato de ser tão fácil definir os “outros”, mas quando se trata de nós mesmo isso se torna a tarefa mais difícil que já tivemos que fazer. Parei pra pensar na minha personalidade como um todo... Simplificando, posso dizer que não sou uma diabinha em pessoa, mas também não sou um anjinho que toca harpa nas nuvens. Mas acho que isso é normal. Todo ser humano tem os dois lados da moeda, porém cabe a cada um decidir que lado será evidente. Tenho meus altos e baixos, meus ápices de bom humor e também o auge do mal humor. Costumo ser sorridente e alegre e quando não me apresento assim, é porque há algo no ar. Sou extrovertida, adoro fazer amigos e sou julgada muitas vezes por ser tão espontânea. Já me acostumei com isso, afinal sou do tipo que “não ligo para o que pensam de mim”. Sempre falo o que penso e não tenho medo de dizer a verdade olhando nos olhos. Tento apenas me controlar quando posso magoar alguém ou me prejudicar. Acho que posso citar minha sinceridade como meu maior defeito e ao mesmo tempo minha maior qualidade.
Quanto comecei a refletir sobre os meus sentimentos pensei: “Agora complicou!” Sou um dos seres mais retraído desse planeta quando se fala nesse assunto. Não sei exatamente porquê (ou sei mas não quero admitir...), mas falar sobre sentimentos sempre me remete à sofrimento e isso não é nada bom. Sou do tipo de pessoa que encara as coisas de frente, contudo o mesmo não acontece quando falo em emoções.
Só para exemplificar, tenho um grande problema com confiança. Não confio em quase ninguém e o motivo é que já me deram provas o suficiente para acreditar que a pessoa que você menos espera que vá te trair, te trairá. Em todos os aspectos! Adoro fazer amigos, mas isso não implica confiança plena, ou seja, me abrir, contar segredos e compartilhar sentimentos. Conto no dedo as pessoas nas quais realmente confio, ou confio parcialmente. Afinal tem coisas que só nós e nosso travesseiro devem saber.
Se confiança é um problema grande, amor então é gigantesco. Que jogue a primeira pedra quem nunca sofreu por amor e me julgue aqueles que, depois de sofrer, não tem medo de acontecer de novo. Esforço-me ao máximo para não me apaixonar, me mantenho pensando sempre que tenho que ser realista e que o mar de rosas pode se tornar mar de lágrimas em prazo de instantes. Infelizmente isso não funciona o tempo todo, então tive que aprender a conviver com as armadilhas do meu coração e do destino. Mas sempre com os pés no chão!
Quer saber? Não quero falar sobre tristezas alheias agora. Estou em uma ótima fase e não quero que nada estrague. A vida é feita de momentos e o meu, agora, é só sorrisos!!

Jaqueline R. Lopes