sexta-feira, 22 de janeiro de 2010 | By: Jaqueline Lopes

Noite



“Às vezes no silêncio da noite/ eu fico imaginando nós dois./ Eu fico ali sonhando acordada/ juntando o antes, o agora e o depois...”
Acho que esse trecho descreve meu momento. Mas eu me pergunto qual será esse depois e tenho medo de continuar pensando...
 

Às vezes é no silêncio da noite que verdades gritam aos nossos ouvidos e essas verdades, na maioria das vezes, são aquelas que insistimos em não admitir, pois elas doem no fundo.
Não é nada fácil se esconder! Às vezes seria bom ser um camaleão e poder se camuflar entre as coisas, para que nada de que nos escondemos nos encontrem. Mas infelizmente o interior de nossa mente possui esconderijos falsos, que servem de armadilha para inexperientes na arte de se ocultar.
Incrível perceber que quando somos descobertos e tudo se aflora as consequências são rápidas: arrepios, lágrimas e dor. Ouvir uma verdade gritando em sua cabeça “não adianta se esconder, não tente enganar você mesmo” é pior que levar um tapa no rosto. É como cair de cara no chão e ter que engolir a terra que ali está: além de doer, tem um gosto horrível.
Deve ser por isso que fujo tanto de situações como essa...
Eu não tento me enganar, tento apenas me proteger. Sentimentos não são fáceis de lidar e é justamente por isso que me esforço para fugir deles. Não quero pensar que sou medrosa, mas sim cuidadosa. É como cair de bicicleta: a primeira vez dói muito e faz com que sempre tomemos mais cuidado ao andar de novo nela.
...
Acabo de tomar uma decisão: Não quero mais pensar nisso! O meu medo de “cair da bicicleta” novamente não vai desaparecer de uma hora pra outra e eu não vou me martirizar com isso.
É melhor aproveitar enquanto a queda não acontece...!!

Jaqueline R. Lopes